23 – A REPÚBLICA, A DEMOCRACIA E A POLÍTICA – CONSIDERAÇÕES

23 – A REPÚBLICA, A DEMOCRACIA E A POLÍTICA – CONSIDERAÇÕES

1 – A República

Esta palavra é de origem Romano/Latina e para a analisar vamos dividi-la em duas partes: Re (coisa) e pública (do povo). À letra, significa a “coisa pública”, ou seja, os assuntos do povo.

Quando os Romanos implantaram a sua República, os povos conquistados, como é natural, não faziam parte dela, porque passaram a ser escravos do povo Romano. Mais tarde, por toda a Europa passou-se algo parecido, com a Revolução Francesa e a partir dela. Em Portugal passou-se isto por duas vezes, em 1910 e 1974. Por isto tudo se vê que a palavra República é muito relativa e redutora, pela subjectividade que comporta em relação às gentes.

2 – A Democracia

É o regimen que os republicanos impõem, a partir do momento em que a República descamba na anarquia descontrolada e se torna auto-destrutiva pela violência popular. Foi inventada na Grécia antiga para servir de alternância e oposição ao Egipto.

3 – A Política

Tem, pelo menos, duas vertentes; uma delas é feita de palavras, dando a ilusão de que os assuntos tratados são de difícil resolução. São as palavras da A.R. e assembleias municipais, pela voz dos partidos políticos e também as entrevistas de rua ou da TV que dão um efeito gentio à política e ao regimen.

A outra vertente é a política do País cujos contornos e decisões pertencem ao governo da república. É evidente que esta vertente é a mais importante. A primeira vertente tem principalmente um efeito psicológico no Povo e gentes dando-lhes a impressão de que os seus problemas estão a ser tratados e resolvidos.

4 – Considerações

Tanto a República como a Democracia consagraram o “direito de voto” a todos os cidadãos na maioridade. As eleições poderão ter algum interesse para quem é povo, mas para as gentes nada significam; é que todos os partidos são formados por pessoas do povo e não das gentes; logo o seu voto é coisa sem consequências.

É preciso colocar a democracia no seu devido lugar porque, até hoje, ninguém se dignou fazê-lo.

Tudo o que eu ouvi sobre a Democracia e a sua definição resume-se a uma afirmação que é verdadeira: “A Democracia é a liberdade e o poder do Povo”. Aqui cabe a pergunta: poder do Povo sobre quem?? Só pode ser sobre quem não é Povo, ou seja, sobre as gentes. Situação ingrata para as gentes. E não há punho, por m ais erguido, que vai mudar esta situação.

Quando acabar, a Democracia não vai deixar saudades a ninguém. É um regimen injusto que deu guarida à irresponsabilidade, à corrupção (e outros crimes) e à impunidade. É tempo de acabar. Apetece-me dizer: “abaixo a reacção” ao avanço da Humanidade.

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