III – O EGIPTO ANTIGO

III – O EGIPTO ANTIGO

Tão antigo é o Egipto, que as suas origens perderam-se no domínio da lenda.

As únicas referências que consegui obter, situam-se entre 13.000 AC e 10.000 AC. Resolvi aceitar estas datas porque coincidem com o período atribuído à fase final da presença dos “deuses” na Terra. Sendo assim, não há, contudo, certezas sobre as datas das origens do Egipto, já que o período proposto de 3.000 anos é muito largo. Estou a basear-me no facto de a religião Egípcia ter sido ensinada pelos “deuses” da “Mitologia”, tal como aconteceria mais tarde com o Hinduísmo. Ao aceitarmos o período de 3.000 anos para a criação do Egipto (a religião Egípcia) teremos de aceitar que foi muito lenta. É o que sugere, à partida, um período tão longo; e não é caso para menos: basta ver de relance o conteúdo dessa Religião, a sua riqueza de pormenores e a abrangência de todos os aspectos do ser e do espírito humanos. Uma tal religião, tão perfeita, que terá demorado 3.000 anos a ser interiorizada pelos Egípcios, torna estes o único repositório dessa religião. Com efeito seria muito difícil ou mesmo impossível, transpôr para outros povos esta concepção de Vida; isto por razões humanas e geográficas; quer internas, quer externas.

Sendo assim, o Egipto Antigo ensimesmou-se e plasmou em si a sua religião. Foi assim o farol da humanidade durante milénios.

Como disse Aly Maher el Sayed, embaixador do Egipto em França, “O Egipto legou-nos uma mensagem forjada nas paredes dos templos e dos monumentos que as pedras conservaram intacta; uma mensagem de sabedoria e de harmonia, de espiritualidade e de estética”.

“A mensagem do passado permanece actual.”

Para mim, o Egipto foi a dádiva primordial dos Céus à humanidade, Sem essa dádiva, o Mundo seria muito diferente para pior, um lodaçal sem esperança, talvez.

Se a criação do Egipto foi lenta, a sua queda foi cansativa e lenta. Terá começado em 2.180 AC com o primeiro Período Intermédio que durou 120 anos, durante o qual o Egipto se apagou pela primeira vez. Houve posteriormente mais dois períodos intermédios e várias invasões estrangeiras.

Há na actualidade, em todo o mundo, muitos povos e gentes que respiram por paz, abundância, justiça, …, enfim, uma harmonia perfeita. O Egipto Antigo é a prova de que um tal regimen é passível de ser instalado, mas tal como aconteceu com o Egipto, não será nunca para sempre. O ser humano é mais complicado do que parece pelo que mais tarde ou mais cedo, a natureza humana vai querer a mudança.

Nota: As datas obtidas entre o 1º e o 2º Períodos intermédios são bastante díspares de um historiador para outro. Ficamos assim sem saber quem originou o 1º e 2º períodos referidos. A “história” dos Hicsos não convence ninguém.

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